12 de Setembro de 2023 - Simone Carneiro - (1002 acessos) Comentário


Perfil epidemiológico de idosos participantes do Projeto Vida Ativa, Saúde e Longevidade das Faculdades Integradas de Patos-PB.

 


SIMONE CARNEIRO*

ADRIANA CARNEIRO*

KELY CRISTINA C.DE AZEVEDO*

SONIA CARMEM MORAIS*

 

 

 

 

RESUMO:

 

O Presente artigo tem por objetivo o estudo do perfil epidemiológico dos idosos do Projeto VidaAtiva, Saúde e Longevidade, das Faculdades Integradas de Patos. Onde foi verificado os tipos de morbidades, e na oportunidade foi analisado a devida contribuição do Projeto e as suas ações conjuntas para prevenção das doenças e o auto cuidado. Contribuindo para que os mesmos tenham um envelhecimento saudável e contínuo.

 

 

Palavras- chave: Idosos, Projeto Vida Ativa, Longevidade (Saúde)


ABSTRACT:

 

 

The following article aims to study the epidemiological profile of the elderly of the LifeActive, Health and Longevity Project, of Integrated Colleges of Patos (FIP). Where the types of morbidities were verified, and was analyzed the appropriate contribution of the Project and its joint actions for disease prevention and self-care. Contributing to their healthy and continuous aging.

 

 

Keywords: Elder, LifeActive Project, Healt

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

 

O crescimento da população idosa é reflexo do aumento gradual da longevidade, conjuntamente com as diminuições das taxas de natalidade e mortalidade Habitualmente é nessa fase da vida que as doenças crônicas e incapacitantes surgem, gerando impactos sociais e econômicos para o país. Isso se torna mais preocupante, quando estudos demográficos indicam que em 2025 o Brasil deverá ter em valores absolutos a sexta população de idosos do mundo, que corresponde a cerca de 28 milhões de pessoas, ou seja, 13,7% da população, conforme dados do IBGE de 2014.

 

E em todo mundo são cerca de 600 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, podendo dobrar em 2025 e chegar a dois bilhões em 2050, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Essas mudanças exigem a formulação de políticas, projetos e programas destinados a melhorar a qualidade de vida de pessoas na terceira idade como forma de promover um envelhecimento saudável e ativo. Desse modo, a prática de exercícios tem sido uma estratégia utilizada para minimizar as alterações provocadas pelo envelhecimento. A atividade física melhora a capacidade funcional, reduz o uso de medicamentos, ameniza dores e revigora a forma física do idoso, mantendo por mais tempo as habilidades motoras, proporcionando melhor qualidade de vida.

O Projeto Vida Ativa, Saúde e Longevidade desenvolve atividades que visam a promoção da saúde e o bem-estar biopsicossocial dos idosos do município de Patos-PB. É formado por profissionais da saúde, localizado na Faculdade Integrada de Patos-FIP, sendo realizado duas vezes por semana. As práticas envolvem exercícios físicos, jogos, lazer, ginástica, hidroginástica e musculação. Além de participarem de festejos típicos locais como o São João com apresentação de quadrilhas juninas.

O estudo é de relevância, pois contribui para aprofundar e disseminar o conhecimento acerca das condições sociais do idoso, que são importantes para sua qualidade de vida. E, ao mesmo tempo, incentivar a realização de ações que possam assegurar o cumprimento de seus direitos.

Desse modo, o presente estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico dos idosos participantes do Projeto Vida Ativos, Saúde e Longevidade e analisar asvariáveis: sexo, estado civil, faixa etária, escolaridade, grau de satisfação com o projeto e doenças comuns.

Foi no ano de 1994, que o Brasil teve uma inovação de grande valia na saúde, quando o Ministério da Saúde implantou o novo Programa de Saúde Familiar, este seria uma nova estratégia do governo para trazer melhorias à saúde da Família (ESF). Assim, o modelo antigo foi modificado e vigorou um novo modelo assistencial da atenção básica à saúde. Abrindo espaço para um novo conceito de saúde, não mais situado apenas a assistência à doença mas a promover a qualidade de vida e bem-estar das comunidades e grupos familiares do Brasil.

Sobre saúde do idoso e o autocuidado, o modelo biomédico não tem soluções totalmente satisfatórias, mesmo que der ênfase aos cuidados terapêuticos e curativos (CONFEF, 2005), sabe-se, que ainda há poucos profissionais de medicina para os idosos, por isso, é cabível o esforço conjunto dos profissionais da saúde, ou seja, um conceito positivo de saúde e da produção social da saúde. Estes devem atuar sobre como resolver problemas da saúde coletiva, segundo Vilela e Mendes (2003).

De acordo com Vilela(2003) as ações da saúde coletiva são: a promoção da saúde, a prevenção das enfermidades  e dos acidentes, e a atenção curativa.

Para os problemas existenciais de promoção e prevenção da saúde coletiva no Brasil, temos o trabalho inovador do profissional de Educação Física, o mesmo está inserido no SUS, através do NASF, composto por multiprofissionais, que atuam como apoio as Equipes de Saúde da Família (BRASIL, 2008).

Conforme o estudioso Silvestre(2003) para se potencializar os serviços de promoção da saúde, seja estes hospitalares e especializados, é cabível a busca de gestores de saúde, com capacidades na área para desenvolverem competência e se obter êxito nos programas de saúde.

 

 

3  MATERIAL E MÉTODOS

 

 

 

Trata-se de um estudo exploratório, de caráter descritivo com abordagem quantitativa, com idosos que participam do Projeto Vida Ativa, Saúde e Longevidade, no município de Patos-PB, desenvolvido no período de agosto a outubro de 2014.

A amostra foi constituída por 29 idosos de um universo de 40 idosos. Os critérios de inclusão utilizados foram: indivíduos com idade entre 60 e 80 anos que estivessem ao menos três meses em atividade física nesse grupo e que aceitasse participar voluntariamente da pesquisa. Para coleta de dados foi utilizado um questionário contendo a identificação dos participantes e questões referentes aos objetivos do estudo.

Os achados foram analisados através da estatística descritiva, utilizando recurso software e representados por tabelas.

O estudo foi aprovado no Comitê de Ética e pesquisa das Faculdades Integradas de Patos (FIP/PB), recebendo a CAAE de aprovado nº 37137814.6.0000.5181, respeitando a resolução 466/2012 que trata a pesquisa em seres humanos.

 

 

 

4  RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

A tabela 1 traz a representação da distribuição de freqüência por sexo, a qual se constatou que do total de participantes 10% (n= 3) eram do sexo masculino e 90% (n= 26) do sexo feminino.

A maior quantidade dos idosos participantes do projeto vida ativa 48% (n=14)eram casados e apenas 10% (n=03), se encontravam no estado civil viúvo (tabela 1).

Quanto às faixas etárias descritas, observou-se que 45% (n= 13) apresentavam-se com idade entre 60 e 65 anos, sendo possível identificar que a quantidade de idosos em idade avançada é mínima. (tabela 1).

Ao se analisar a distribuição do grau de instrução, observou-se que 38%( n=11) dos idosos possuíam o 1º grau completo e que todos tinham algum nível de escolaridade (tabela 1).

De acordo com os dados do IBGE no Censo de 2000 foi verificado um maior contingente de mulheres idosas, se comparadas com homens de mesma faixa etária, a partir dessa transição demográfica descrita, verifica-se que existe uma relação de gênero e envelhecimento. Diante do exposto, a feminização no envelhecimento é notória na sociedade contemporânea. Mas possivelmente explicado tendo em vista que as mulheres buscam com mais freqüência manter a saúde de forma equilibrada, procurando maneiras mais saudáveis de viver.

Ainda em relação aos resultados obtidos com a análise dos dados referentes ao questionário sociodemográfico, merece destaque evidenciar que quanto ao grau de instrução, todos possuíam algum nível de escolaridade. Isso porque, comparado com outro estudo, de modo geral, não é comum a valorização da escolaridade nessa coorte histórica.

Ao analisar a satisfação do Idoso do Projeto vida Ativa, doenças crônicas e a qualidade de vida. Constatou-se que 66% estão satisfeitíssimos de participarem do Projeto, e as doenças mais existentes, também controláveis com exercícios físicos entre os mesmos são: artrose, hipertensão arterial e diabetes mellitus. (tabela 2,3)

 

Tabela 1: Distribuição absoluta e relativa dos idosos segundo variáveis sócio- demográficas. Projeto Vida Ativa Saúde e Longevidade. Patos, 2014

Variáveis

N

%

Sexo

 

 

Masculino

03

10


 

Feminino

26

90

Estado Civil

 

 

Solteiro

04

14

Casado

14

48

Viúvo

03

10

Outros

08

28

Faixa Etária

 

 

60-65 anos

13

41

66-70 anos

06

21

71-76 anos

08

27

77-80 anos

02

07

Grau de Instrução

 

 

Analfabeto

-

-

Grau Completo

11

38

Grau Incompleto

04

14

Grau Completo

07

25

Grau Incompleto

01

3,5

Grau completo

05

17

Grau Incompleto

01

3,5

Fonte: Dados da Pesquisa.

 

 

A tabela 2 analisa o grau de satisfação dos idosos como participantes do projeto, onde 66%(n=19) relataram possuir grau de satisfação ótimo . Nenhum idoso fez referência à variável regular e ruim.

 

Tabela 2: Distribuição absoluta e relativa dos idosos segundo o grau de satisfação dos idosos no Projeto Vida Ativa. Patos, 2014.

Grau de satisfação

N

%

Ótimo

19

66

Bom

10

34

Regular

-

-

Ruim

-

-

Total

29

100

Fonte: Dados da Pesquisa

 

 

O resultado indica que com relação ao grau de satisfação dos idosos em participarem do Projeto Vida Ativa, é unânime a satisfação, sendo que 66% dos participantes avaliaram como ótimo, merecendo destaque o reconhecimento da importância dessas atividades para os idosos. Vários autores corroboram essa afirmativa, acentuando essa importância quando diz


que quanto mais ativos e mais funçoes os idosos desempenharem, maior sua longevidade com repercussões no bem-estar biopsicossocial, promovendo melhor qualidade de vida.

Na tabela 3 se observa as doenças encontradas nos idosos participantes do projeto. Pode se evidenciar que 62% dos idosos (n=18) apresentavam artrose, diabetes e hipertensão. Sendo consideradas as doenças mais comuns dos participantes.

 

Tabela 3: Distribuição absoluta e relativa de doenças encontradas nos idosos participantes do Projeto Vida Ativa, Saúde e Longevidade. Patos, 2014.

 

Doenças

n

%

Osteoporose, Artrose

04

14

Artrose, Diabetes,

Hipertensão

18

62

Artrose, Problema de

Coluna

01

03

Artrite, tendinite, Artrose

04

14

Sem resposta

02

07

Total

29

100

Fonte: Dados da Pesquisa

 

 

 

As doenças mais comuns detectadas foram artrose, hipertensão arterial e diabetes mellitus, representando 62% dos participantes. Essa informação contribui tanto para prevenção quanto para o autoconhecimento dos idosos que já possuem essas morbidades, capacitando-os para o autocuidado.

A respeito do envelhecimento, sabe-se que em dez anos a população de idosos no Brasil, cresceu com intensidade, entre 2005 a 2015, passa de 9,8% para 14, 3%. Análise da condição de vida da população brasileira do ano de 2016.IBGE(2005/2015)

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do ano de 2013, o IBGE, por sua vez, apresentou indicadores sociais que legitimam a afirmação que são os idosos são a parcela de população que mais faz uso dos serviços de saúde. IBGE, Pesquisa Nacional de Saúde 2013.

 

 

 

5  CONSIDERAÇÕES FINAIS


O perfil epidemiológico de idosos participantes do Projeto Vida Ativa, Saúde e Longevidade mostram que a porcentagem de 90% de idosos do sexo feminino corrobora outros estudos que apontam que as mulheres tem alcançado uma maior longevidade na população idosa.

Verificou-se também que as patologias encontradas seguem a mudança do perfil dos agravos da saúde, ou seja, o aumento das doenças crônico-degenerativas como a hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, osteoporose, dentre outras.

Diante dessas informações conclui-se que ao detectar essas morbidades é oportuno na contribuição para prevenção dessas doenças e no autoconhecimento dos idosos, gerando o autocuidado, através de medidas que proporcionem um envelhecimento saudável, como as práticas constantes de atividade física de responsabilidade dos profissionais de Educação Física, hoje muitos desses atuantes no programas de governo.

Outro fator importante é o registro de unanimidade da satisfação em participar do Projeto Vida Ativa, Saúde e Longevidade, o que mostra que é necessário incentivar mais ações e espaços destinados a promover uma vida salutar e com maior qualidade para população idosa.

Todavia, estudos atuais demonstram que a proporção de idosos de 60 anos ou mais da população do Brasil, têm crescido demasiadamente, ou seja, passou de 9,8% para 14,3%, em 2005 a 2015. Tornando-se excessivamente envelhecida, em virtude da diminuição de crianças (fecundidade), adolescentes e jovens nos estados brasileiros. Estudo de Indicadores sociais(SIS), 2016.

Deste modo, faz-se necessário uma visão de saúde coletiva e políticas públicas voltadas para projetos de procedência do Vida Ativa, das Faculdades Integradas de Patos, podendo o mesmo ser visto como referência para a qualidade de vida e saúde do idoso, visto que o profissional de Educação Física já se encontra inserido nos programas de saúde do Governo, Saúde da Família/Nasf.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

Alves KF.Dimensões da Qualidade de Vida:um enfoque na prevenção e promoção da pessoa [Internet].Natal:Universidade Federal do Rio Grande do Norte;2012. [citado 2015 july 30].Disponível                                                                                                                                                  em

http://monografias.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/1/313/1/KamilaFA_Monografia.pdf

 

 

Andrade LM, Percepção sobre o autocuidado entre um grupo de idoso do município de Patos/PB [Monografia]. Patos: Faculdades Integradas de Patos, Curso de Bacharelado em Enfermagem; 2007.

 

Azevedo SC, Atividade Física e Qualidade de Vida na Terceira Idade- Projeto Vida Ativa-FIP-Patos/PB [Monografia]. Patos: Faculdades Integradas de Patos, Curso de Bacharelado em Educação Física; 2014.

 

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Diário Oficial da União, 2013.

 

Borges LC. Os grupos de convivência na terceira idade: suporte social e afetivo. In: Falcão DVS, Dias CMSB. Maturidade e velhice: pesquisas e intervenções psicológicas. São Paulo: Casa do Psicólogo ;2006. p. 151-165.

 

BRASIL. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde; 2006.

 

http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98965.pdfAcessado em 07/09/2017

 

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv98965.pdfAcessado em 24/10/2017

 

 

BRASIL. Portaria n. 154 de 24 de Janeiro de 2008. Cria os núcleos de apoio à saúde da família - NASF. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.


 

CONFEF. Carta Brasileira da Prevenção Integrada na Saúde. Fórum Nacional de Prevenção Integrada da Área de Saúde, Brasília, v. 5, n. 16, jun. 2005.

 

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais, 2004, Rio de Janeiro:IBGE.http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadores minimos/sinteseindicsociais2004/indic_sociais2004.pdf(Acessado em 29/04/2015).

 

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais, 2014, Rio de Janeiro:IBGE.http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadores minimos/sinteseindicsociais2014/indic_sociais2014.pdf(Acessado em 07/09//2017).

 

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Rio de Janeiro. Recuperado em 02 de fevereiro de 2000.

 

http://portalsaude.saude.gov.br/Acessado em 07/09/2017

 

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais, 2015, Rio de Janeiro:IBGE.http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadores minimos/sinteseindicsociais2015/indic_sociais2015.pdf(Acessado em 07/09/2017).

 

Kalache A, Gray JAM. Health problems of older people in the developing world. In: Pathy MSJ, editor. Principles and practice of geriatricmedicine. Chichester: John Wiley & Sons, 1985:1279-87.

 

.OLIVEIRA, Ricardo Jacó de. Saúde e Atividade Física: Algumas Abordagens Sobre Atividade Física Relacionada à Saúde. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

 

Matsudo SM, Matsudo VKR, Neto TLB. Atividade física e envelhecimento: aspectos epidemiológicos. RevBrasMed Esporte 2011;7:2-13.

 

Miranda LC, Banhato EFC. Qualidade de Vida na Terceira Idade: a influência da participação em grupos. Psicologia em Pesquisa UFRJ, 2008 Jan/June; 2(01): 69-80.

 

SILVESTRE, J.; COSTA NETO, M. M. Abordagem do Idoso em Programas de Saúde da Família. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 839-847, mai./jun. 2003.

 

VILELA, E. M.; MENDES, I. J. M. Interdisciplinaridade e saúde: estudo bibliográfico. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 11, n. 4, p. 525-531, jul./ago. 2003.

 

VIEIRA, E. T. et al. O Programa Saúde da Família sob o enfoque dos profissionais de saúde.

RBPS, Fortaleza, v. 17, n. 3, p. 119-126, jul. 2004.

 

Foto: Pixabay.com

Social:

21 de Novembro de 2024

Publicidade

Visitas até o momento