8 de Agosto de 2017 - Rodrigo Cézar Limeira - (3677 acessos) Comentário


Estudioso explica porque a maioria dos grandes açudes do semiárido da Paraíba armazenou pouca água em 2017

Em Patos choveu 629 mm em 2017, em Sousa o índice foi de 782 mm, no Vale do Piancó também choveu próximo do normal esse ano, em todas as localidades choveu mais de 800 mm.


Mas por que os grandes açudes que abastecem essas localidades armazenaram pouca água esse ano?

 

 A resposta está na forma como as chuvas caíram, ou seja, tanto em anos com chuvas normais, ou abaixo da média, a maioria dos grandes reservatórios que abastecem as cidades do semiárido do estado armazena pouca água, isso é uma constatação científica aponta o físico e meteorologista Rodrigo Cézar Limeira.

 

O estudioso fez uma pronfunda análise nos dados pluviométricos do interior da Paraíba, e constatou que em anos normais ou abaixo da média as chuvas caem de forma bem distribuída no tempo no Cariri, Sertão e Alto-sertão da Paraíba, salve alguns eventos pontuais. Esse tendência foi mantida em 2017, e vem se verificando desde 2012. 

 

O pesquisador pontua o problema, exemplificando o caso dos reservatórios de Coremas e Mãe d´Água que acumularam pouca água esse ano. Se esses 800 mm tivessem caído num curto espaço de tempo, os dois mananciais teriam armazenado muita água. Esses 02 grandes reservatórios só vão armazenar muita água se: 1) Ocorrer o fenômeno de convecção localizada, fato que ocorreu no reservatório de São Gonçalo em 2016, e esse fenômeno ocorreu só na bacia desse reservatório. 2) Se durante o período de estação chuvosa do semiárido do estado, ocorrer a seguinte conjuntura oceânica: La Niña moderada ou forte no Pacífico Central, Oceano Atlântico Sul na altura da costa do Nordeste quente, e Oceano Atlântico Norte frio, se essa conjuntura oceânica não ocorrer, a crise hídrica continua no semiárido do estado, pois a maioria dos grandes reservatórios armazena pouca água.

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