Conforme previu o físico, meteorologista e mestre em Meteorologia Rodrigo Cézar Limeira, o período chuvoso de 2018 do semiárido da Paraíba teve chuvas abaixo da média (http://cienciaemfoco.com/colunistas/rodrigo-cezar/previsao-climatica-a1518.html) , e com distribuição temporal irregular das chuvas na maioria das localidades do semiárido da Paraíba (http://cienciaemfoco.com/colunistas/rodrigo-cezar/previsao-climatica-a1508.html), pois choveu bem abaixo da média em janeiro, março e maio, e bem acima da média nos meses fevereiro e abril.
Conforme previsto pelo estudioso, os reservatórios que abastecem Cajazeiras, teriam uma recarga máxima de 20% esse ano (http://cienciaemfoco.com/colunistas/rodrigo-cezar/previsao-hidrologica-a1538.html) .
Para Cajazeiras, a previsão se confirmou para a Lagoa do Arroz:
20% de recarga máxima na Lagoa do Arroz, seria uma recarga máxima de 16 milhões de metros cúbicos de água, pois o reservatório comporta aproximadamente 80 milhões de metros cúbicos.
Em 2018 o referido manancial tinha cerca de 4 milhões de metros cúbicos no início do período chuvoso. Quando a estação chuvosa terminou o reservatório estava com 18 milhões de metros cúbicos armazenados, ou seja, teve uma recarga de 14 milhões de metros cúbicos confirmando a previsão.
O Açude de Engenheiro Ávidos armazena um total de 255 milhões de metros cúbicos de água, a estimativa de recarga máxima de 20% do pesquisador correspondia a 51 milhões de metros cúbicos esse ano, no entanto a recarga foi de 59 milhões. Dessa forma, no início do período chuvoso, o açude tinha 8 milhões de metros cúbicos de água, quando terminou a estação chuvosa tinha 67 milhões de metros cúbicos.
Para os reservatórios que abastecem Patos o pesquisador indicou recarga máxima de 15% em 2018. Essa previsão se confirmou para 04 dos 05 reservatórios que abastecem a Morada do Sol:
Açude do Jatobá: No início do período chuvoso o manancial estava totalmente seco, com as chuvas desse ano o açude ganhou apenas 1,8 milhão de metros cúbicos de água. Com uma capacidade máxima de aproximadamente 17 milhões de metros cúbicos, o reservatório teve recarga de pouco mais de 10% em 2018;
Barragem de Capoeira: No início do período chuvoso o manancial estava com apenas 2,5 milhões de metros cúbicos, com as chuvas desse ano a barragem atingiu 5,5 milhões de metros cúbicos de água. Isso significa que teve uma recarga de apenas 3 milhões de metros cúbicos de água. Com uma capacidade máxima de aproximadamente 56 milhões de metros cúbicos, o reservatório teve recarga de pouco mais de 5% em 2018;
Complexo Coremas/Mãe d´Água: No início do período chuvoso o manancial estava com apenas 36 milhões de metros cúbicos (21 milhões em Coremas e 15 milhões em Mãe d´Água), com as chuvas desse ano o complexo atingiu 179 milhões de metros cúbicos. Isso significa que teve uma recarga de 143 milhões de metros cúbicos. Com uma capacidade máxima de aproximadamente 1 bilhão e 159 milhões de metros cúbicos, o manancial teve recarga de pouco mais de 12,34% em 2018;
Barragem da Farinha: A previsão do estudioso só não se confirmou esse ano para esse reservatório, que teve uma recarga de 63% em 2018, ou seja, estava seco no início do período chuvoso, e atingiu os 16 milhões de metros cúbicos, sendo que comporta no máximo 25 milhões de metros cúbicos de água.
Outra previsão confirmada foi a de início do período chuvoso do semiárido do Estado, entre os dias 05 e 15 de fevereiro.( http://cienciaemfoco.com/colunistas/rodrigo-cezar/previsao-hidrologica-a1538.html).
Obs: Os links indicados na matéria mostram as previsões realizadas e suas respectivas datas de publicação.
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