29 de Dezembro de 2022 - Rodrigo Cézar Limeira - (1248 acessos) Comentário


Rodrigo Cézar apresenta em vídeo o balanço das chuvas e da temperatura no Brasil na primavera 2022, assistam

De acordo com dados de precipitação pluviométrica e temperatura média do ar obtidos pelas estações meteorológicas automáticas, foi traçado inicialmente o mapa do trimestre: setembro, outubro, novembro, correspondente aos desvios de precipitação na primavera:

 

Nordeste: chuvas ficaram acima da média em grande parte da região, seguindo o padrão de precipitações típico de final de ano com o fenômeno climático e oceânico La Niña configurado;

 

Norte: chuvas acima da média na maioria das localidades do setor norte da Região, também seguindo o padrão climático estabelecido pelo fenômeno La Niña, já boa parte das porções sul e oeste da Região Norte registraram chuvas abaixo da média no trimestre: setembro, outubro, novembro de 2022;

 

Centro-Oeste: boa parte da Região registrou chuvas abaixo da média na primavera, algo comum ocorrer com o fenômeno climático e oceânico La Niña configurado, pois a chuva costuma tardar ou cair de forma muito irregular entre os meses de setembro e outubro, normalizando muitas vezes só em novembro;

 

Sudeste: norte e sul de Minas, Rio de Janeiro, boa parte do Espírito Santo e sul de São paulo registraram chuvas acima da média, já o norte de São Paulo registrou chuvas abaixo da média, seguindo a tendência do Centro-Oeste;

 

Sul: chuvas acima da média nos Estados de Santa Catarina e Paraná, mesmo com o fenômeno La Niña configurado, é bom frisar que há outros fatores que podem influenciar na distribuição e quantidade de chuvas na Região, durante sua estação chuvosa, a exemplo da oscilação antártica, temperatura das águas do Atlântico Sul na costa da Região e temperatura das águas no Pacífico Equatorial na região do Niño 1.2, que fica na costa do Equador e parte da costa do Peru, essa região do Pacífico apresenta correlação direta com a distribuição das chuvas em grande parte da Região Sul do Brasil. Em setembro e outubro, a circulação anticiclônica sobre parte do Sudeste e sobre o Nordeste do país, prendeu as frentes sobre a Região Sul, sendo Santa Catarina e Paraná beneficiados com muita chuva, além disso a panetração de ar polar de forma intensa nos dois Estados em novembro, com a ausência de bloqueios favoreceu boas chuvas também nos dois Estados, que também foram beneficiados com a entrada de umidade oriunda da Amazônia.Já o Rio Grande do Sul registrou chuvas abaixo da média em grande parte de seu território.

 

 

Quanto aos desvios de temperatura média do ar, grande parte do Brasil seguiu o padrão da La Niña, com temperaturas variando entre a média e valores abaixo da média dentro do referido trimestre, com exceção para o Sul da Região Norte e boa parte do Centro-Oeste que registraram temperaturas acima da média no período. Vale frisar que a temperatura acima da média registrada principalmente no Centro-Oeste, pode está associada tanto ao fato das chuvas terem caído de forma irregular, e em totais abaixo da média em setembro e parte de outubro, quanto aos episódios de queimadas que são comuns na Região em setembro e parte de outubro, principalmente quando as chuvas tardam a começar, ou caem de forma irregular nesses meses.

 

 

Créditos:

 

Imagem de Kanenori por Pixabay

Mapas de precipitação pluviométrica e temperatura média do ar: INMET – Instituto Nacional de Meteorologia

 

 

Social:

25 de Abril de 2024

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