O fenômeno climático e oceânico El Niño continua em atividade na região central do Oceano Pacífico Equatorial. Mesmo com a redução das anomalias positivas, algo observado nos últimos dois meses, o El Niño continuará a influenciar nas condições do tempo e do clima pelo menos até o final de abril prevê o físico, meteorologista, mestre em Meteorologia, doutor em Física Quântica e também consultor meteorológico do agronegócio Rodrigo Cézar.
Com isso o cenário é de considerável irregularidade na distribuição espacial e temporal das chuvas no semiárido do setor norte do Nordeste em 2024 e especificamente no semiárido paraibano.
O maior reservatório de água do estado da Paraíba, o Complexo Coremas/Mãe d’ Água deverá ter recarga inferior a 20% esse ano ou recarga inferior a 258 milhões de metros cúbicos de água, e os demais reservatórios de grande porte e que não recebem águas da transposição com recargas inferiores a 30% em 2024, conforme já previu o estudioso.
Mesmo com um cenário de considerável irregularidade na distribuição das chuvas em 2024, é importante frisar que o Oceano Atlântico Sul na altura da costa leste do Nordeste está muito quente, algo que poderá amenizar em Parte dos impactos do atual El Niño.
O município de Patos na Paraíba poderá registrar índice pluviométrico superior a 550 mm em 2024, prevê o estudioso Rodrigo Cézar, com isso, desfaz a ideia de uma seca em 2024 tão forte quanto a de 2012 e 2013.
Em 2012 choveu apenas 168 mm no posto pluviométrico da Empaer;
Em 2013 o índice pluviométrico registrado no município foi de apenas 380 mm.
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Foto: Marcelo Zurita