1 de Fevereiro de 2023 - Rodrigo Cézar Limeira - (999 acessos) Comentário

Rodrigo Cézar faz a análise da temperatura da superfície do mar no final de janeiro de 2023, assistam o vídeo

De acordo com o campo de anomalias de temperatura da superfície do mar, a região do Niño 1+2 que fica na costa do Peru e do Equador está com desvio de temperatura próximo de zero graus Celsius, que indica que o padrão normal de distribuição das chuvas na Região Sul do Brasil, volte aos poucos, no entanto, o mês de fevereiro ainda terá chuvas irregulares na citada região, apesar de uma melhora nos índices pluviométricos em várias áreas, isso porque a atmosfera não responde automaticamente as mudanças de temperatura na superfície dos oceanos, ou seja, ela leva um certo tempo para se adequar as novas mudanças, já que a região do Niño 1+2 permaneceu fria por mais de 2,5 anos.

 

Na região do Niño 3.4, que influencia principalmente no padrão de distribuição dos ventos em altitude, sobre o norte das Regiões Norte e Nordeste do Brasil, as anomalias de temperatura da superfície do mar indicam um desvio de aproximadamente -0,913ºC hoje dia 28 de janeiro, com a continuidade do fenômeno La Niña ao longo dos meses de fevereiro e março de 2023.

Já as condições do Atlântico Sul/sudoeste, indicam uma contribuição de umidade maior que em janeiro para a Região Sul do Brasil, pois o Atlântico Sul nessa área encontra-se bem quente atualmente.

 

O Atlântico Sul na altura da costa leste do Nordeste ainda não está com temperatura ideal, por isso que a região registrou chuva bem irregular em janeiro. A tendência é que a estação chuvosa do semiárido do setor norte Nordeste, não comece no início de fevereiro. Além disso, o Atlântico Norte, que desde 2018 está na fase negativa da Oscilação Multidecadal do Atlântico, agora está com temperatura acima da média, algo que pode impedir uma atuação de melhor qualidade da Zona de Convergência Intertropical nos primeiros dias de fevereiro.

 

Créditos: tropicaltidbits.com

 Imagem: Pixabay.com